A Grande Chama Azul foi um fenômeno catastrófico que ocorreu durante o ano de 1273 AE (Após Estabilização), também conhecido como o Ano do Eclipse e resultou em destruição e mortes. Tudo começou no Palácio das Estrelas, onde morava a deusa maior Mystra, Manifestação da magia e curiosidade. Cyric, o Deus Principal, Manifestação do equilíbrio, invadiu o palácio e assassinou a deusa. Em pouco tempo, outros deuses descobriram e Pelor, Manifestação da luz e criação, com a ajuda de Corellon, Manifestação da Lua e do conhecimento, prendeu Cyric e se tornou o Deus Principal (com a junção da manifestação da Lua e a da luz, ouve um eclipse que durou pouco mais de dois meses, originando o nome dado ao ano). Porém, no momento em que Mystra morreu, a magia que era antes controlada por ela tornou-se selvagem e indomável.
Com isso, houve uma explosão mágica que repercutiu por inúmeros planos, incluindo Mortimer (plano onde se encontra o mundo onde está Faerün). A explosão chegou a Mortimer pelo Portão dos Planos, em Faerün e se espalhou para o oceano e o sul do continente. Durante a explosão, enormes chamas e relâmpagos azuis alastraram-se pelo Portão, dando origem ao nome do fenômeno. A explosão levantou uma grande névoa dourada ao sul de Faerün que destruía tudo no que tocava. Uma grande área foi assolada pela névoa e tornou-se extremamente perigosa, à qual deram o nome de "A Corrupção". Os poucos seres sobreviventes sofreram alterações genéticas e tornaram-se mutantes horríveis. Os animais se reproduziram de forma que atualmente (1380 AE) alguns animais híbridos de mutantes e animais naturais vagam por áreas normais e intactas, como florestas e vales.
Além de tudo isso, apenas os magos mais velhos e experientes conseguiram manter controle sobre a magia, chegando a um ponto em que foram quase todos extintos. Os novos estudiosos da magia, porém, estudaram a magia em seu estado bruto e viraram feiticeiros, canalizadores do caos mágico. Vários objetos e lugares imbuídos de magia não divina foram completamente destruídos ou simplesmente perderam sua magia. Por outro lado, templos e artefatos divinos receberam poderes mágicos da explosão e tornaram-se ainda mais fortes. Isso tudo fez com que a magia começasse a ser vista como algo ruim ou extremamente incomum pela sociedade e artefatos mágicos fossem supervalorizados.